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domingo, 31 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 9

_Não vou poder filha._Disse minha mãe._Amanhã eu trabalho.
_Eu sei mãe, mas é de noite!!
_Mas não tenho dinheiro para te dar.
_Meu irmão vai me dar.
_Mas não tenho dinheiro para o meu ingresso.
_Poxa mãe, é mas fácil você dizer logo que não quer ir.
_Não quero ir._Pior que ela disse mesmo.
_Poxa eu tenho que ir nesse show.
_É show?
_Não mãe, concerto.
_Ata.
Minha mãe era metida sem poder.
Eu tinha que arrumar logo uma amizade em qualquer lugar. De preferência que gostasse do Brad para irmos ao show dele juntas. A Kimberly é apaixonada por ele, tem posteres dele em tudo quanto é canto de seu quarto, CDs e DVDs, ela nem espera sair direito, já esta comprando; Em seu celular os videos são clips dele e as fotos são montagens dela com ele. Com certeza ela iria ao show, mas aquela alí eu queria era distância depois de tudo que fez comigo.
A campainha tocou.
_Deixa que eu atendo._Saí correndo em direção a porta.
_Eu em! Nunca quis tanto atender a porta._Disse minha mãe.
_Oi Bianca.
_Oi Márcio. Como vai?
_Ótimo, e você?
_Vou indo.
_E a festa do pijama? Como foi? Gostou?
_Adorei._Menti.
_A que bom._Ele disse pensando que eu não estivesse mentindo.
_Amanhã tem um tal show aí de um menino que...
_Tal show não, o show, e o nome do menino é o Brad._Interrompi ele.
_Já vi que é fã dele não é?
_Mega fã, acho que a maior de todas as fãs.
_Então... continuando o que eu estava dizendo, esse menino...
_O Brad._Parecia que já estava automático, interrompi ele mais uma vez.
_Isso, o Brad. Ele fará um concerto aqui no estado, a Kimberly esta querendo ir. Você quer ir com ela?
_Não, muito obrigada pelo convite.
_Por que não quer ir?
_Porque não estou boa para ir a show não. Não estou me sentindo muito bem.
_Ata, então tudo bem. Mas se mudar de ideia até amanhã, você pode me procurar ta bom?
_Ta bom senhor Márcio. Pode deixar._Eu disse com um sorriso em meu rosto.
Quando ele se afastou, eu fechei a porta, o sorriso automaticamente saiu de minha face. Encostei na porta e fui me arrastando nela até sentar no chão.
_Eu quero ir!_Eu disse chorando.
_Para onde garota?_Perguntou meu pai.
_O show pai, preciso ir, eu necessito ir.
_Nem adianta, que estou sem grana, vou estar trabalhando, vou chegar cansado, não sou fã dele e não estou afim de ir._Meu pai foi mas claro que todos, fez um resumo do porque ele não queria ir.
_Ta pai, ta bom._Eu disse me levantando do chão e indo para meu quarto. Claro, desisti, sabia que com a minha família eu não iria conseguir nada.
Eu não tinha fotos, CDs e nem DVDs do Brad, pois não tinha condições de comprar. A única coisa que eu tinha era um radinho de músicas com as músicas do Brad, para esperar o dia de amanhã vim.
_Filha._Minha mãe me acordando.
A mesma rotina de sempre. Acordei, tomei banho, tomei café da manhã, que graças a Deus já tinha o chocolate. E fui para escola com minha mãe.
Quando cheguei no portão, encontrei mais uma vez uma pop do colégio. O Tyler era o meu ídolo do colégio. Vou confessar, já me imaginei ficando com ele. Pronto falei.
_E aí gata!_Ele disse.
Fiquei boquiaberta claro, não acreditei que ele estava falando comigo. Poxa, "gata", só minha mãe me chama de gata, e agora ele.
_Eu?_Perguntei._Olhando atrás de mim.
Quando perguntei isso, ele piscou com um olho para mim. Morri.
Será que tudo ia começar a mudar para meu lado? Por um momento me belisquei para ver se eu estava sonhando, mas não, não estava. pensei que fosse ilusão, mas não era. Era o Tyler me chamando de gata e piscando para mim mesma. Dei tchauzinho e foi para a cantina, eu não fui, peguei trauma de cantina.
Fui para sala. Era a aula que menos gostava, português. Já entrei em sala me aborrecendo com a professora.
_A senhorita quero lá atrás._Disse ela quando entrei.
_Não, eu sempre sentei aí na frente. Por que tenho que sentar lá atrás?
_Por que esse ano quero os nerds lá atrás e os que não querem nada com a vida aqui na frente.
_Nerds?
_Sim.
_Tudo bem que você disse que eu quero algo na vida, mas me chamando de nerd?
_Você acha que não é uma?
_Sim, sou. Por isso vou sentar aí na frente, quero algo com a vida, quero prestar atenção na aula, e a senhora sabe melhor que ninguém, por ser professora que os do fundo não tem esse objetivo._Eu estava me sentindo mudando, será que foi por causa daquele "gata"? Ou daquela piscada? Ou até mesmo do tchauzinho?
_Ih a lá, olha o preconceito com o pessoal daqui rapá._Disse Marcus, o do fundão.
_Desculpa!_Pedi, mesmo depois de ter falado a verdade.

terça-feira, 19 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 8

Quando ela disse que eu estava diferente, eu fiquei curiosa de saber onde eu estava diferente.
_Diferente?_Perguntou Anahí.
_Sim, ela esta.
_Não sei onde._Disse ela de novo.
_Acho que ela não precisa mais usar esse aparelho nos dentes. Os dentes dela já estão perfeitos._Disse minha professora._Quando irá tirar esse aparelho?
_Não sei professora, acho que esse mês._Agora vocês sabem porque ela era a minha professora preferida.
_Eu sabia. Seus dentes já estão perfeitos._Disse ela._Porque usa óculos se não precisa?
_Preciso sim.
_Mas só para ler.
_É, eu sei.
_Então coloque-o só quando for ler.
_Não. Eu gosto de usá-lo.
_Você é quem sabe.
Enquanto conversávamos foram entrando os alunos que faltavam entrar. E o pior. Quem estava em minha turma? Kimberly, Anahí, Isabelle e Helena. É, as harpias.
Deu o sinal do intervalo.
Eu só ficava sentada nas escadas do pátio com o meu radinho de músicas escutando o Brad Madson.
_Ó meu Deus!_Eu disse ao ver o garoto mais pop, e mais lindo do colégio.
Claro que eu sabia que não tinha chances nenhuma com ele.
_Não acredito._Eu disse ao ver as Harpias vindo desfilando em minha direção.
_Hei, estranha._Me chamou Kimberly._Quer ir a cantina com agente?
Ela perguntando aquilo? Ha, brincadeira, será que ela achava mesmo que eu iria cair na tramoia delas.
_Não, muito obrigada._Eu disse._Prefiro ficar aqui sozinha.
_Pode vim, não faremos nada contigo._Disse Anahí.
_É, estou lhe convidando como desculpa por ontem a noite em minha casa, acho que passei dos limites.
_Passou mesmo._Eu disse.
_Então, e aí? Vem ou não conosco?
_Vou sim._Aceitei o convite, acho que era mesmo um modo de desculpa.
_Vamos a cantina ta bom?_Disse Kimberly.
_Mas não tenho dinheiro.
_Não precisa se preocupar, nós pagamos para você._Disse Anahí. É, acho que elas tinham mesmo mudado. Pelo menos parecia.
Cegamos na cantina, lá estava lotado, muita gente mesmo.
_Pode escolher o que quer Bianca._Disse Kimberly.
_O que eu quiser?
_Sim, o que quiser.
_Tudo bem então, eu quero um x-tudo com suco.
_Marcinho, traga um x-tudo para ela e pode deixa por minha conta.
Ele trouxe o sanduíche e me deu.
_O que vocês irão comer?_Perguntei, já estava me entrosando na amizade.
_Eu só quero um copo de refresco de maracujá._Disse Kimberly.
_Eu também._Disse as outras que copiavam tudo o que Kimberly fazia.
_Eu quero essa torta de chocolate._Disse Helena a única que não copiava Kimberly.
_Adoro torta de chocolate._Eu disse.
_Se quiser, eu te pago uma. Quer?
_Não, não Helena. Muito obrigada._Eu disse dando a primeira bocada no sanduíche.
Gritei muito alto, tinha uma barata em meu sanduíche.
Todos que estavam alí, começaram a rir. Dando gargalhadas. Até mesmo as minhas novas "amigas".
_Aff...Eu sabia que vocês tinham alguma coisa a ver com isso._Eu disse tacando o x-tudo no lixo.
Ainda bem que pelo menos era uma barata de plástico antes. Coloquei o fone no ouvido e voltei a escutar meu ídolo.
O tempo passou. Assisti as aulas que ainda faltavam e fui para casa.
_Como foi seu primeiro dia de aula?_Perguntou meu irmão.
_O pior.
_Mas o primeiro dia de aula não é sempre o melhor dia?
_Para você, porque para mim, o pior.
_Por que diz isso?
_Quase comi uma barata. Dei sorte que era de plástico, se fosse de verdade eu acho que elas iriam precisar de sorte.
_Elas quem?
_Quem você imagina?
_Não faço a mínima ideia.
_A Kimberly e o resto de seu bando.
_Só podia ser._Disse meu irmão._Mas não liga não mana, coisa boa ta por vim.
_Por que diz isso?
_Ué, porque é sempre assim. Primeiro vem as coisas ruim e depois as boas.
_Eu espero...
_Pode esperar.
_Amanhã tem show do Brad aqui no estado!! Queria ir._Eu disse. Claro, para meu irmão poder me levar.
_Eu te dou o dinheiro do ingresso. Quer ir?
_A não, eu consigo o dinheiro._Eu disse._Só não consigo quem me leve lá.
_A nem adianta, não sou fã desse garoto.
_A maninho por favor, eu te imploro.
_Pode se ajoelhar, mas não vou. Não vou a show de quem eu não sou fã.
_Ta bom então.
Fui pro quarto e fiquei pensando só naquele show de amanhã. Não queria perder de jeito nenhum, poderia ser a minha única chance de ir ao show do Brad. Não sei se ele voltaria aqui no Brasil. Eu sabia que ele iria ficar até semana que vem aqui, mas eu queria ir no show que ele fizera em meu estado.
De tarde....
_Mãe, me leva ao concerto do Brad amanhã?_Falei concerto para minha mãe porque ela acha que show é negócio de baile funk. Não iria me deixar ir. Mas eu não era muito de falar concerto e sim show. Porque o Brad não concertava nada, ele sim dá um show.

domingo, 17 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 7

_Filha, acorda._Era minha mãe me acordando para ir à escola.
Meu primeiro dia de aula no terceiro ano do ensino médio. Nem tava acreditando.
Eu levantei e fui tomar meu banho para ir para escola. Minha mãe já estava pronta, ela que me levava já que também trabalhava lá.
Debaixo do chuveiro eu fazia um show. Me sentia a Demi Lovato, Selena Gomez, Ivete Sangalo e outras cantoras que eu cantava suas musicas.
_Filha, não demora.
_Calma aí mãe._Eu disse.
Aquela água estava uma delicia, morninho naquele tempo frio.
_Tudo bem, mas não demora.
Minha mãe desceu, foi aprontar o café da manhã.
_Tchau amor!_Disse meu pai chegando na cozinha e dando estalinho em minha mãe._Estou indo. Até mais tarde.
Meu pai estava indo trabalhar.
_Tchau filha._Ele gritou.
_Tchau pai._Eu também.
Terminei do banho e desci para tomar o café da manhã.
_Mãe, cadê o chocolate?
_Ainda não recebi.
Eu não tinha perguntado nada disso para ela. Mas entendi o que ela quis dizer: "Não recebi, por isso não comprei ainda"
_Entendi mãe.
Cortei um pedacinho de bolo, um que compramos na padaria. Meu pai sempre gostava de comprar aqueles bolinhos para o café da manhã.
_Não vai tomar nada filha?_Perguntou minha mãe ao me ver já comendo o bolo.
_Não mãe, não tem chocolate!!
_Mas tem refresco.
Eu não gostava muito de café. Preferi tomar o refresco de maracujá que estava geladinho.
_Esta pronta?_Perguntou minha mãe ao ver que eu já tinha acabado de tomar café da manhã.
_Vou ir escovar os dentes, e já fico pronta._Eu disse.
_Ta bom, então vai lá.
Fui ao banheiro, escovei os meus dentes e desci para ir para escola.
_Vamos mãe, estou pronta!_Eu não demorava muito para me arrumar.
_Vamos filha!
Fomos para escola, por azar o ônibus em que pegamos estava lotado. Fui em pé, claro.
_Quer sentar senhora?_Perguntou para minha mãe uma moça que estava sentada.
_Não senhora, pode ficar.
Ela deve estava pensando que minha mãe era gestante, estava com um pouco de barriga mesmo.
_Tem certeza que não quer sentar mesmo?_Perguntou novamente.
_Não senhora, por que a questão de que eu sente em seu lugar?
_A, sei lá. Acho que não é bom uma gestante ficar em pé.
_Gestante?
_Sim. A senhora não é?
_Sou. Mas não precisa me dar lugar não senhora, pode continuar sentada._Disse minha mãe mentindo.
_Eu vou ter um irmão mãe?
A senhora que estava sentada, olhou para minha cara com os olhos arregalados.
_Sim filha. Esqueci de te contar._Disse minha mãe trancando os dentes e com um olhar de tipo "cala a boca".
_Ata né?_Sabia que ela tava mentindo.
Chegamos na escola.
_Tchau filha.
_Tchau mãe._Se despedimos uma da outra, porque minha mãe ia para um lado e eu para outro.
Tinha uma multidão d gente indo em direção ao auditório. Lá a diretora estava dizendo a turma e a série em que cada aluno se encontrava.
_Bianca Oliveira Tavares._Era eu._Turma 3001, terceiro ano do ensino médio.
_Passei! Passei!_Eu gritei claro, enquanto estavam todos comemorando cada um com seus amigos a série que estavam, mas eu estava pulando de alegria e comemorando que eu tinha passado de série sozinha.
Todos que eles iam chamando, tinham que ir para suas salas. Eu tinha sido uma das primeiras de minha sala. Porque o meu nome começa com a segunda letra do alfabeto, a letra B. Em minha frente tinha ido Amanda, Anahí, Anderson, Ana Carolina e Barbara, ai depois foi eu.
_Estão ansiosos para saber quem serão seus colegas de turma?_Perguntou a professora de História.
_Acho que serão os mesmos alunos professora._Disse Anderson._Por enquanto de nova é só ela alí.
Adivinha para quem ele apontou? Acertou, foi para mim. Eu não era nova na sala.
_Não, acho que essa menina já estudava aqui em nossa sala._Disse Amanda.
ACHA? MENINA? É, não lembraram mesmo de mim.
_Qual é o seu nome menina?_Perguntou Ana Carolina.
_Bianca._Eu respondi.
_Você é aluna nova?_Perguntou a professora.
_Até você professora?_Perguntei espantada ao ver que nem a minha professora preferida também não lembrava de mim.
_Ai gente, essa é a filha da faxineira._Disse Anahí.
_A, é verdade._Disse a professora._Você é filha da Margaret não é isso?
_Sim.
_Como esta diferente.

sábado, 16 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 6

Segurei a bandeja com uma mão só para abrir a porta.
_Aqui estão os salgadinhos meninas._Eu disse abrindo-a.
Eu adorava salgadinhos, estava louca para tirar logo o meu.
A Kimberly se aproximou da bandeja e perguntou-me:
_Você gosta de salgadinhos Bianca?
_Eu adoro.
_Ops, caiu._Disse ela batendo na bandeja que estava em minha mão.
Fiquei olhando para aquele desperdício de comida no chão.
_Agora você pode comer._Disse ela.
_Não. Prefiro não comer do chão._Eu disse.
_Sério? Mas pensei que você só comece nele.
_Se enganou.
_Então limpe.
Me abaixei e fui pegando salgadinho por salgadinho e colocando em cima da bandeja.
_Leve para cozinha e traga outros._Disse Kimberly.
Fiz o que ela me pedia. Fazia o que ela me pedia porque eu tinha medo de que ela demiti-se meu pai.
_Você aqui de novo?_Perguntou Betty._E porque trouxe os salgadinhos de volta?
_A Kimberly tacou eles no chão. Estão sujos.
_Mas que garotinha...
_Se continuar assim eu não vou ficar por muito tempo._Eu disse.
_Se eu fosse você, já tinha ido embora.
Peguei a outra bandeja de salgados e voltei ao quarto.
_Aqui esta._Eu disse entrando no quarto.
Coloquei a bandeja na mesinha pequena que tinha no quarto, antes que a Kimberly batesse novamente na bandeja e derrubasse de novo os salgadinhos no chão.
_Toma._Disse ela me dando a bandeja dos milks shakes que estava lá em cima._Traga refrescos para acompanhar os salgadinhos.
Enquanto elas estavam comendo, fofocando e falando de garotos, porque é isso que fazemos em uma festa do pijama, eu estava me sentindo uma idiota com aquele pijama descendo e subindo aquelas escadas para servi-las
Mas desci mais uma vez para pegar o que elas pediam.
_Refresco._Eu disse ao chegar a cozinha.
Eu via a cara dos empregados ao me verem descendo e subindo aquelas escadas para fazer o que elas me pediam. Eles me olhavam com cara de pena.
Já era cinco horas da manhã, eu estava morta de cansaço, morrendo de sono.
_Aqui estão refrescos._Disse Adalberto me dando a bandeja.
Subi, abri a porta do quarto e entreguei a bandeja a Kimberly. Quando eu cheguei lá, encontrei elas vendo filme e comendo os salgadinhos que eu tinha trago.
_Obrigada Bianca._Disse Helena.
Fiquei feliz, foi o primeiro obrigado do dia que tinha recebido.
_De nada Helena.
Foi aí que percebi que Helena era a melhor delas.
_Qual é o filme?_Perguntei, pensei que elas fossem me dar descanso.
_Eu quero sorvete._Disse Kimberly._Leve as bandejas e vai buscar para gente Bianca?
Eu ainda não tinha colocado nenhuma das comidas que eu tinha levado na minha boca.
_Me dê as bandejas._Eu disse. Na verdade eu queria ver o filme, mas não ia poder. Então desci, coloquei as bandejas na cozinha e fui para minha casa.
_Não acredito que elas fizeram isso comigo._eu disse chorando e caminhando a porta de minha casa.
Elas tinham me visto da janela.
_olha, a rata foi embora._Disse Isabelle.
_Até que enfim._Foi a vez da Anahí.
_Graças a Deus!_Disse Kimberly._Pensei que eu não fosse conseguir.
Continuei indo em direção a porta de minha casa.
_Mãe._Gritei batendo na porta e limpando minhas lágrimas._Pai.
Mas quem abriu a porta foi meu irmão.
_Ué mana, já veio?_perguntou ele._Pensei que fosse dormir lá.
_É, eu também._Eu disse entrando. Ali fora estava mega frio.
Fui pro quarto, onde eu dividia com meu irmão.
Eu estava chorando em minha cama, estava com cara dentro do travesseiro, mas mesmo assim meu irmão escutou meu choro.
_Mana!_Me chamou ele de sua cama.
Nem virei para ver o que era, pois não queria que ele soubesse que eu estava chorando.
_Mana!
Enxuguei as lágrimas no travesseiro.
_O que foi mano?_Perguntei.
_Por que esta chorando?
_Não estou.
_Esta sim.
_Não, não estou.
_É, mas estava.
_Mas já passou.
_Então por que estava?
_Já passou. Mas eu estava chorando para desabafar algumas coisas que não são legais.
_Tudo bem... E o que é?
_Emoção dos meus dezoito anos.
_Sei que não é. Quando completei meus dezoito anos, não chorei.
_Claro, eu sou diferente de você.
_Em que?
_Em tudo. E ainda sou menina, posso chorar a vontade.
_Meninos também choram.
_Então pronto, meninas muito mais.
_É, é verdade, agora vamos dormir.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 5

Ele abriu a porta de sua casa e com quem logo nos deparamos? Acertou quem disse Kimberly e suas amigas.
Quando Kimberly me viu deixou a bandeja com copos de Milk Shake cair no chão, e ficou olhando para mim de boca aberta. Anahí e Isabelle olharam pra o rosto de Kimberly e perguntaram:
_A rata?_Fizeram a pergunta não com uma cara muito boa.
Helena era a unica delas quatro que estava de braços cruzados e rindo para mim.
_Gostei da sua atitude Kimberly, você me surpreendeu._Disse Marcio._Pensei que não foce chamá-la, mas chamou. Parabéns!
_Obrigada pai!_Disse ela trancando os dentes de raiva e com uma cara nada boa olhando para mim.
Eu estava com medo, pois ela parecia que iria me matar com os olhos.
_Ela vai se trocar, colocar o pijama como vocês, e já ira para o quarto._Disse Marcio.
Marcio me deu um pijama muito lindinho, tinha adorado. E ainda era chic.
_Toma Bianca._Disse ele me entregando._Você sabe onde é o banheiro, não sabe?
_Sim senhor Marcio.
_Então esta bem, é só ir lá, se trocar e se encontrar com as meninas no quarto.
_Obrigado senhor Marcio.
Marcio foi para seu quarto e eu fui caminhando vagamente para o banheiro.
_Limpe isso._Disse Kimberly para Betty. Uma das secretarias do lar dos Verlings.
Betty pegou a vassoura e varreu aqueles cacos de vidros que estavam no chão.
_E você, prepare mas Milk Shake._Disse ela apontando para Adalberto, o mordomo.
Elas olharam para mim e foram subindo correndo as escadas. Estavam cheias de raiva, chegavam bufar.
Elas ficaram falando de mim lá em cima, com certeza. Meus ouvidos estavam pegando fogo.
_Aquela rata de esgoto esta duvidando da minha palavra?_Perguntou Kimberly.
_Como ela se atreveu de vim aqui depois do que disse a ela?_Perguntou Anahí.
_Ela é louca?_Perguntou Isabelle.
_Eu não sei, mas que parece ela parece._Disse Kimberly.
Bati na porta.
_Eu não vou abrir, ela vai ficar lá fora. Não mandei vim._Disse Kimberly.
_Tadinha._Retrucou Helena.
_O QUE?_Perguntaram as três se virando para Helena.
_Ha gente, sei lá, acho que fica chato ela ficar lá fora. Já que ela veio, vamos deixá-la aqui dentro conosco, o que custa?
_O que deu em você._Perguntou Isabelle.
_Só se ela for entrar para servir a gente né?_Disse Anahí rindo.
_Ótima ideia Anahí._Disse Kimberly se levantando da cama e indo em direção a porta de seu quarto.
_Posso entrar?_Perguntei.
_É claro meu amor._Disse Kimberly._Fique a nossa vontade.
Não hora não tinha entendido o que ela tinha dito.
Anahí riu.
Alguém bateu na porta do quarto.
_Abre!_Disse Kimberly.
Era Adalberto com os Milks Shakes.
_Não precisa mas trazer Alberto._Disse Kimberly._Só mandem preparar mais uma rodada de Milk Shake e frita os salgadinhos. Já arrumei alguém para ir buscar.
Já sabia que era eu.
_Sim senhora._Disse Adalberto.
Kimberly fechou a porta, virou-se olhando para mim e disse:
_Esse é o trabalho da novata._Disse ela rindo.
Cara ela era muito ruim.
Adalberto tinha trago 5 copos de Milks Shakes.
_Esse é seu, esse aqui o seu e esse seu, e os dois meus._Disse ela.
Não queria me dar o copo.
_Pode ficar Kimberly._Não ligo muito para Milk Shake.
Quanto mais ela via que eu não ligava para o que ela fazia. Mais com ódio de mim ela ficava.
_Mesmo que ligasse, eu não ia te dar mesmo._Disse ela.
Comecei a rir.
_Do que esta rindo rata? Tem palhaço aqui?
_Não não Kimberly, é que quando você disse isso, eu lembrei de uma garotinha do jardim lá do colégio._Eu disse._Quantos anos você tem?
Helena riu disfarçadamente.
_Kimberly?_Disse Isabelle com um ar de assustada.
Eu já estava me cansando de ficar quieta para tudo.
_Vai deixar?_Perguntou Anahí.
_Desce agora e vá já pegar os salgadinhos que já estão prontos.
_Deixa a garota Kimberly._Disse Helena.
_Cala a boca Helena. Quer fazer compania a ela?
_Quem você ta pensando que eu sou?
_Parem de briga._Eu disse._Não quero ver a amizade de vocês acabar por causa de mim. Eu já estou indo lá pegar os salgadinhos Kimberly.
Fui descendo as escadas.
_Oi gente. Os salgadinhos estão prontos?_Perguntei ao chegar a cozinha.
_Sim meu amor._Disse Vânia, a cozinheira dos Verlings._Pode deixar que o Adalberto leva.
_A Kimberly não quer._Disse Adalberto._Disse que tinha arrumado alguém para vim buscar os salgadinhos, e as outras coisas na cozinha.
_É você?_Perguntou Vânia.
_Sim, sou eu._Eu disse.
_Por que aceitou o convite delas para essa festa do pijama? Elas são muito ruim com você._Disse Betty.
_O pai da Kimberly quase me implorou de joelhos para que eu viesse.
_Você quem sabe._Disse Betty.
_Quer que eu leve a bandeja até a porta e na porta eu te dou?
_Não, não precisa._Eu disse._É capaz dela se ver um de vocês me ajudando demiti-los.
_Tudo bem então._Disse Betty._Aqui esta a bandeja.
Peguei a bandeja, meio sem jeito, pois nunca fui garçonete em minha vida. E fui caminhando para o quarto.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 4

Ela veio até aqui, e bateu na porta.
_Você?_Perguntou minha mãe espantada ao ver que quem batia na porta, era a Kimberly.
_Sim, eu. Quero falar com a Bianca.
_Falar com a Bianca?_Tudo minha mãe fazia pergunta, claro, ela estava assustada e surpresa ao mesmo tempo.
_Claro , eu não disse?
Minha mãe subiu até meu quarto, Kimberly ficou esperando na porta.
_Filha, é a Kimberly._Disse minha mãe abrindo a porta._Ela quer falar contigo.
_Comigo?_Perguntei com os olhos arregalados.
_Sim, contigo.
_Alguma coisa tem aí._Eu disse, mas desci para ver o que ela tinha para me dizer.
Chegando na porta, me encostei e perguntei:
_Quer falar comigo?
_É claro, se eu mandei chamá-la._Disse ela arrogante como sempre.
_Então o que quer?
_Eu vim aqui para convidar você para a minha festa do pijama.
_O que? Sério isso?
_Não, eu vi convidá-la mas não quero que apareça lá.
_Como assim? Então por que veio me convidar? Era só para eu saber que você daria uma festa do pijama?_Perguntei.
_Também, mas foi porque fui obrigada por meu pai._Disse ela._Por isso, se ele te perguntar se eu a convidei, você confirma. Se não faço de tudo para meu pai despedir o seu.
Eu sabia que ela era capaz.
_Ta bom, pode deixar.
_Mas uma coisa.
_O que é?
_Se meu pai te perguntar se que ir, você diga que não._Disse ela ainda acrescentando mais._E se ele perguntar o por que, você inventa. Mas não apareça lá. Está me ouvindo?
_Sim Kimberly.
Ela virou as costas sem se despedir de mim, e foi indo em direção a mansão.
_Como se eu fizesse questão._Pensei.
_Esta falando sozinha?_Perguntou meu pai.
_Não pai, estou pensando aqui.
_É, esta pensando alto de mais em?
_Nem percebi._Eu disse indo em direção ao banheiro.
Eu ia tomar meu banho para ir dormir. Estava ansiosa para que chegasse logo amanhã, apesar de não estar animada para o dia.
_Filha!_Gritou minha mãe da sala.
_O que foi manhê?_Gritei de volta._Estou no banho.
_Ta bom filha. Acaba aí e vem jantar.
_Pode deixar.
Depois deu acabar do banho, fui jantar.
_A campainha._Disse minha mãe ao escutar a campainha tocar.
_Boa noite dona Margareti._Disse Marcio educadamente._Desculpe-me o incomodo. Poderia falar com a senhorita Bianca?
Eu já sabia de que se tratava o assunto.
_Não é incomodo nenhum recebê-lo senhor Marcio._Disse minha mãe._Aceita entrar?
_Aceito sim._Disse ele.
Claro que iria aceitar, estava um vento insuportável lá fora.
_Filha!_Gritou minha mãe.
_O que foi mãe?_Perguntei de onde estava.
_O senhor Marcio quer falar com você.
Fui até a sala.
_Boa noite Bianca!_Disse ele.
_Boa noite senhor Marcio.
_Já vieram lhe chamar para a festa do pijama que irá ter agora lá em casa?
_Sim, a Kimberly veio aqui me chamar.
_Sério?_Nem ele mesmo acreditou, mal sabia ele que ela também queria que eu não fosse._E por que não foi?
_Não quis.
_Não quis por que?
_Nós meninas nunca vamos a primeira festa do pijama em que samos convidadas.
_A que nada, essa vai ser muito legal, já comprei várias coisas para vocês se divertirem essa noite. Não terá outra igual. Seja diferente das outras meninas então.
_Não seria legal._Mas do que eu já sou?
_A seria sim._Disse ele insistindo._Você tem pijama?
_Nem tenho._Eu tinha, estava arranjando outra desculpa para não ir já que a primeira não tinha dado certo.
_Mas eu comprei três para você._Ferrou.
_Vai filha._Disse minha mãe na torcida._Você irá gostar.
Com certeza eu iria odiar, não me sentiria bem na cova das inimigas.
_Sei que você quer ir._Disse senhor Marcio._Venha, vamos lá. Você escolher o pijama que irá usar hoje.
Ele insistiu tanto que eu decidi ir com ele.
Quando chegamos na porta da mansão, minha perna tremeu de nervosismo.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 3

Entrei para o quarto, tranquei a porta, fui até a estante , peguei um livro, sentei em minha cama encostada na cabeceira e abri aquele livro. Fiquei lendo-o e ao mesmo tempo chorando. Para vocês verem como eu estava tão interessada em ler, que nem o nome do livro eu sabia.
Eu estudava no mesmo colégio que a Kimberly, eu era bolsista porque minha mãe trabalhava como faxineira na minha escola.
Kimberly e suas amigas eram as descoladas do colégio. Enquanto todos faziam de tudo para andar com elas, de mim queriam distância.
Eu não fazia um pingo de questão de falar com Kimberly e suas amigas. Daquelas alí eu também queria distância, só queria pelo menos uma amiga para eu poder dividir minhas coisas, para compartilhar as minhas novidades.
Minha mãe bateu na porta.
_O que foi?
_Sou eu filha.
Limpei rapidamente minhas lágrimas e fui abrir a porta.
_O que esta fazendo?
_Lendo.
_Qual livro?
Minha mãe queria puxar assunto, nem o nome do livro eu sabia.
_Aquele alí._Eu disse apontando para o livro que eu tinha deixado em cima da cama.
_Não sabe o nome?
_Sei.
_Hum, e qual é?
Fui até o livro, li o titulo e disse a ela o nome.
_Mas não sabia, só soube porque foi ler._Disse ela.
_Claro.
_Você esta bem filha?
_Por que a pergunta?
_Não sei, você tem andado meio estranha ultimamente.
_Obrigada mãe, entrou para lista dos que me chamam de estranha.
_Te chamam de estranha?
_Você acabou de me chamar.
_Não estou te chamando de estranha, estou dizendo que você tem andado meio estranha.
_Há, mudou muito sua opinião._Eu estava sendo irônica.
_Ta bom filha, você não é estranha, e nem anda estranha. Mas o que aconteceu que você esta diferente?
_Não estou.
_Mas é o que sua face diz.
_O que diz na minha face é minha boca, e em momento nenhum ela disse isso.
_Eu espero que não esteja mesmo filha. Agora com licença, deixa eu terminar de arrumar a casa._Disse minha mãe._Não quero atrapalhar sua leitura.
_Não estava atrapalhando._Eu disse soltando um sorrisinho. Minha mãe era a melhor do mundo.
_Se precisar pode me chamar filha. Tô na sala.
_Pode deixar mãe.
Minha mãe foi para sala, e eu fiquei em meu quarto terminando de ler aquele livro que eu tinha pego.
É, já era tarde, tinha terminado já de ler aquele livro. Eu conseguia ler um livro de 180 paginas em um dia porque o Tédio me ajudava, não tinha outra coisa para fazer.
Kimberly era viciada em computador, quando não estava no colégio, estava no computador, celular, shopping ou saindo com suas amigas, esses eram seus vícios. E era lá que ela estava, conversando com suas amigas no MSN.
_Estão prontas para a festa do pijama?_Disse Kimberly._Já mandei meus empregados prepararem tudo, dês do meu quarto até os aperitivos.
Elas conversavam em uma conversa que ficava todas.
_Sim. Já estou me arrumando pra ir para aí._Disse Helena.
Em minha opinião, Helena era a mais bonita delas quatro. Era negra, seus olhos castanhos, cabelo até o meio das costas e todo cacheado.
_Eu não sei se vou poder ir._Disse Isabelle.
_Por que?_Perguntou Kimberly._Sempre você.
_Não sei, minha mãe não esta aqui. Meu pai não vai deixar.
Isabelle era uma das piores das amigas da Kimberly, mas não chegava aos pés de Anahí.
O pai dela a chamou.
_O que foi pai?_Ela gritou.
_Preciso falar com você.
_Meninas, esperem um momento._Disse Kimberly descendo as escadas.
_Será hoje a sua festa do pijama?
_Sim papy.
_Quero que convide a Bianca.
_O QUE?
_Isso mesmo que ouviu.
_Claro que não pai. Ela é pobre, é capaz de nem pijama ter.
_Se não convidá-la, não tem festa nenhuma.
_Pai?
_Não mudo minha opinião.
Kimberly foi correndo para seu quarto com uma cara emburrada e digitou dizendo:
_TRA-GÉ-DIA.
_O que foi Kimberly?_Perguntou Helena.
_O que aconteceu?_Foi a vez da Isabelle.
_E qual foi?_Perguntou Anahí.
_Meu pai quer que eu convido a rata para a festa do pijama._Disse Kimberly.
_E quem é a rata?
_Essa pobre aqui do lado. Filha do caseiro do meu pai.
_Não acredito._Disse Anahí.
_Vou desligar._Disse Kimberly._Vou ir lá fazer meu convitinho a rata.
Aí vinha Bomba.

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 2

Os móveis da mansão já eram de lá, por isso não precisamos carregar tanta coisa, era mesmo só nossas roupas e poucos pequenos objetos que tínhamos.
_Kaíque, abre a porta._Pediu minha mãe.
Kaíque era o nome do meu irmão, ela pediu para ele abrir a porta da casa porque ela estava com caixas na mão, apesar de que meu irmão também estava, era mais fácil para ele colocar as caixas no chão para depois pegar do que minha mãe.
_Poxa mãe, eu estou com as mãos ocupadas._Indagou ele.
_Kaíque, você não esta vendo que nós todos estamos com as mãos ocupadas?_Perguntou minha mãe.
_Anda, isso ta pesado._Eu disse.
Meu irmão colocou as caixas que ele segurava no chão, pegou a chave e abriu a porta da casa.
Foi só nós entrarmos que os Vérlings chegaram.
Aquele carrão parou em frente a mansão, o chofé abriu a porta para eles saírem. Ai que vida de rainha.
Marcio era o melhor deles.
_Vamos lá falar com Alberto._Disse ele.
Alberto é meu pai.
_Ai pai..._Disse Kimberly.
Marcio só deu uma olhada para sua filha, mas aquela olhada já dizia tudo.
_Estou doida para vê-los._Disse ela mudando de ideia. Com certeza tava mentindo.
_Boa tarde Bianca._Disse Marcio estendendo sua mão para mim._Tudo bem contigo?
Eu fui a primeira a ser comprimentada, porque eu estava na porta.
_Tudo sim, senhor Marcio._Eu disse.
_Seus pais se encontram?
_Sim, claro. Pode entrar.
_Pai, vamos esperar aqui fora._Disse a bruxa._Deus que me livre entrar nisso.
Kimberly e Tifâne ficaram esperando Marcio do lado de fora da casa.
_Tudo bem Alberto?_Perguntou Marcio ao se encontrar com meu pai.
_E aí cara, tudo bem?_Olha a gíria do meu pai.
_Sim claro. E o senhor, como esta?
_Estou ótimo.
_Oi senhor Marcio, como esta?_Perguntou minha mãe ao se deparar com ele e meu pai na sala.
_Oi dona Margareti, estou ótimo. E a senhora como esta?
_Estou bem também meu filho!! E a familia?
_Esta aí fora.
_A coitadas, por que não entraram?_Perguntou minha mãe indo em direção a elas.
_Elas preferiram ficar lá fora.
Marcio era um homem muito sério, respondia tudo com classe, agia de uma forma que eu pensava que não existia. Educado até de mais da conta.
_Fala ae Brow!_Disse meu irmão indo em direção a ele estendendo as mãos de uma forma diferente de se apertar a mão. Esse negócio de soco soco bate bate que os meninos fazem quando vão se comprimentar.
_Brow!_Disse Marcio. Acho que ele não tinha entendido muito bem. Ele disse a palvra Brow. Claro que ele pensou que meu irmão estava pedindo para ele dizer Brow: "Fala ae Brow!" Não, mas eu ri mais do jeito que ele ficou todo embolado para apertar a mão de meu irmão.
Depois de falar com Marcio, meu mano foi em direção a porta com seu Skate na mão. Era viciado nisso.
Minha mãe foi em direção a Tifâne e a Kimberly para falar com elas, mas as "Harpias" (mulheres aves) de preferência da especie galinha, deram as costas para minha mãe e foram andando em direção oposta dela. Minha mãe ficou sem jeito né? Não sabia o que fazer, só parou de andar e ficou olhando para elas que estavam se afastando.
_Mãe, vou na casa do Ricardo e de lá vamos para pista._Disse meu irmão saindo de casa.
_Ta bom filho, mas não demore.
Meu irmão subiu no Skate, passou do lado delas e disse:
_E aí gatas?_Mas continuou andando, não parou.
O que aconteceu foi que Kimberly caiu nos braços de sua mãe, tipo desmaiando.
Tifâne começou a abanar sua filha.
_Que isso filha? Acorda, o que aconteceu?
_Ai mãe, eu estou acordada._Disse ela levantando dos braços de sua mãe._Desmaiei porque passou um monstro aqui do meu lado, aí tomei até um susto.
Que mentirosa, ela era apaixonada pelo meu irmão. Só não assumia porque ele era pobre.
Meu irmão não tinha nada a ver comigo. Eu sou ruiva como minha mãe, cabelo até a cintura mais ou menos, mas que só vivem presos, tenho olhos azuis como o do meu pai, uso óculos de grau e aparelho. Ele era moreno como meu pai, olhos cinzas como o da minha vó por parte de pai, não usa óculos e muito menos aparelho. Minha mãe tinha os olhos pretos.
Os Vérlings foram para a mansão e eu fiquei ajudando minha mãe e meu pai a organizar a casa que estava uma desordem.
_Mãe...
_O que foi filha?
_...é que...é... _Desisti._Deixa, eu ia te perguntar um negocio, mas deixa.
_Pode falar filha.
_Não não, deixa para lá.
Eu sabia que podia perguntar tudo o que eu quisesse para minha mãe, ela era minha mãe e ao mesmo tempo minha amiga. Mas preferi me calar, e não perguntar mas o que eu ia perguntar, que era como eu conseguiria fazer amizades, pois estava entrando em depressão já por me sentir tão sozinha.
_Você sabe que pode contar comigo para tudo, não sabe filha?
_Sim mãe, sei.
_Então quando resolver perguntar pode me procurar.
_Ta bom mãe, obrigada.
Minha mãe não fazia ideia do que eu iria perguntá-la. Para minha mãe eu tinha muitas amigas na escola, mal sabia ela que não tinha nenhuma, apesar dela trabalhar lá, ela não sabia desse pequeno detalhe.
_É filha, amanhã começa suas aulas. Voltamos a luta.
_É verdade mãe.
_Ta animada?
_De mais._Claro que não estava, a graça da escola são os amigos, e eu não tinha.
_Mas não parece._Disse ela ao ver na minha cara a verdade.
_É mãe, mas estou.
_É filha, você vai conhecer professores novos, alunos novos. Poderá fazer novas amizades, e rever as velhas.
Saí da sala.
_O que foi filha? Disse algo que não gostou?
_Não mãe, já terminei de tirar o pó do móvel, estou indo pro quarto.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Quem não sonha não alcança" - Capitulo 1

Hoje, completando meus dezoito anos de idade, não estava acreditando muito, mas gostando de mais. Ainda acordando, estava sentada em minha cama pensando em tudo que eu poderia fazer com essa idade, sei que não iria ser muita coisa.
_Parabéns para você, nesta data querida..._Entrou meus pais e meu irmão cantando parabéns para mim. Não estavam batendo palmas, só estavam cantando com as mãos para trás. Com certeza tinham surpresas para mim.
_Filha, trouxemos presentinhos para você._Disse minha mãe ao acabar de cantar o parabéns.
_Ai, brigadinha mãe._Eu disse pegando primeiro o que minha mãe me dava.
_Gostou?_Perguntou minha mãe ao ver que eu estava abrindo a embalagem.
_O Luni Star?_Meus olhos brilharam, queria chorar de emoção. Luni Star era a colônia que só chic usava._Mãe, era o que eu queria!! Eu A-DO-REI.
_Que bom filha. Adorei saber que gostou.
_Eu não gostei, eu adorei mãe.
_Esse aqui é o que eu trouxe para você maninha._Disse meu irmão.
_Mano, amei!_Era um vestido, eu não gostava muito de usar vestidos, uso muita calça comprida e bermuda. Mas não iria dizer que não tinha gostado é claro. Eu iria usar algumas vezes para não fazer desfeitas.
_Sei que não gostou._Disse meu irmão rindo. Meu irmão era muito sincero, sabia que eu não gostava de vestidos._Estou te dando esse vestido porque quero você vestida como menina e não como um moleque estranho.
_Pode deixar mano, vou usá-lo.
Era a vez do meu pai, temia um pouco, meu pai não sabia muito escolher presentes, mas mesmo assim não deixava ninguém escolher por ele. O ultimo presente que meu pai tinha me dado, tinha sido uma bola.
_Não é uma bola não né pai?
_Não filha, pode deixar que agora eu acertei no presente._Graças a Deus!
_Toma aqui._Disse ele me dando o presente.
Pelo menos a embalagem era mais feminina do que a do ultimo presente. Cor? Rosa.
_Barbie pai?_Não acredito. Ele tentou mais uma vez mas não tinha acertado, ele tinha me dado uma boneca! Pelo menos era um presente de menina dessa vez, mas poxa, uma Barbie!!
_O que filha?Não gostou?_Perguntou ele.
_Ela adorou pai. Vai brincar de boneca até quantos anos?_Disse meu irmão com um ar de ironia nas palavras, e saindo de meu quarto.
_Amei pai!_Menti, aquilo era uma boneca.
_Gostou mesmo?
_Claro pai!! Adorei, ótimo presente para se doar há um orfanato._Eu disse. Claro que foi chegando no final eu estava abaixando o tom de voz para ele não poder ouvir. Tipo sussurrando.
_O que disse?_Perguntou meu pai. Ainda bem que não tinha escutado direito.
_Gostei de mais pai.
_Que bom que gostou.
Meu aniversário, o que eu poderia fazer hoje? Dar a maior festa que já tive, isso se eu tivesse dinheiro, mas não tinha. Mas não é só dar festa que poderia fazer em comemoração ao meu aniversário como também compras, mas para compras também precisaria de grana, ou cartão de créditos, mas o do meu pai estava no prejuízo. Poderia sair com amigas também, mas isso se eu tivesse amigas. Foi isso mesmo que eu disse, se eu tivesse, não tenho. Não sei se é por causa que sou muito estranha aos olhos do povo, ou se é por causa que minha família é a que menos tinha dinheiro daquele Bairro. Há, na verdade eu tenho um amigo sim, o nome dele é Tédio, não sei se vocês conhecem, mas acho que sim, dizem que todos já tiveram com ele, em alguns momentos da vida. É, mas o Tédio esta em todos da minha, amigos de infância eu e ele.
_Mana, minha mãe mandou te avisar para ir pegando suas coisas para passarmos para a outra._Disse meu irmão abrindo a porta._Os Vérlings ligaram.
_Bate na próxima vez._Na verdade eu ia ter que me acostumando né? Na outra que meu irmão estava dizendo, era na outra casa.
Há é, esqueci de falar para vocês, meu pai era só caseiro daquela casa em que estávamos morando. Marcio Vérling, o dono, nos deixava ficar na casa toda vez que eles não estavam. Mas toda vez que a família Vérling ligava para vim para cá, tínhamos que abandonar a mansão. Para irmos para a casa do lado, que também não era tão pequena e nem tão grande. Mas só tinha dois quartos, e não quatro como na mansão. Com certeza eu iria ter que compartilhar um com meu irmão. Mas esse não chegava nem perto do meu maior pesadelo que por fim estava para começar. Meu maior pesadelo é Kimberly e Tifâne.
Kimberly é uma patricinha perversa, filha de Marcio Vérling e de Tifâne que é uma mulher com seus 50 anos que acha que ainda tem seus dezoito como eu e Kimberly.
A família Vérling estavam voltando das férias, que sempre passavam fora do país.
_Já pegou suas coisas?_Perguntou meu pai.
_To pegando pai._Eu disse colocando meus pertences em uma caixa, que na verdade não eram muitos.
Depois deu ter pego os meus pertences quase todo, achei um papelzinho do show do Brad Madson. Disposição eu tinha para ir, o que me faltava era grana.
Brad Madson era o meu ídolo, acho que o ídolo de todos do mundo também, na minha opinião ele era o maior cantor do mundo. Eu ainda iria me casar com ele. Ô sonho. Deixa eu sonhar, quem não sonha não alcança.
_Vamos filha._Foi a vez da minha mãe.
É, era a hora deu descer.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Estréia


Se preparem para o dia tão esperado, dia 04/07/2011 segunda-feira para a estréia de "Quem não sonha não alcança", que conta a história de Bianca, uma jovem adolescente que mora com seus pais e seu irmão Kaíque em um dos bairros mas Chic do país, na casa do empresário Marcio, para quem seu pai trabalha como caseiro. Bianca, bolsista do colé
gio Better education onde esta cursando o 3°ano do ensino médio, na mesma sala de Kimberly, filha do empresário, ela faz de tudo para viver bem mesmo com as perversidades dessa sua vizinha e colega de classe. E tenta conquistar amizades, coisa que ela não é muito boa por se considerada a estranha do colégio.

Será que ela irá aguentar por muito tempo a ter que conviver ao lado de Kimberly??
O que será que ela irá fazer para dar a volta por cima?
Quer mesmo descobrir??
R: Então acompanhe essa emocionante história "Quem não sonha não alcança". E descubra.

Obs: Este livro foi criado por escolha do público ao gênero adolescente. Que ganhou com 12 votos (57%).
Obrigado a todos que votaram!!